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Uma Cidade sem Carros. Dá pra ser melhor?


Se existe um assunto que me chama a atenção é Futuro. Não falo sobre o futuro escrito das estrelas, mas sim do futuro que utilizo no sentido de entender o que está acontecendo para usar isso a meu favor e em prol de um mundo melhor (sem me achar a nova Steve Jobs do pedaço). A verdade que tudo o que já está acontecendo, mesmo que em salas hiperrefrigeradas, com acesso limitado, me interessa.


Recentemente, “caiu” e minhas mãos, ou melhor dizendo, na minha timeline do WhatsApp, um arquivo intitulado “Future Scan” (algo como um “Radar do Futuro”).

Quando leio a palavra “futuro” é como se um brilho diferente ofuscasse minha consciência e, sem pestanejar, já procrastinando todas as outras coisas que deveria fazer, parei para entender do que se tratava.


O Future Scan é uma das ferramentas do portal Board of Innovation e tem como objetivo trazer reflexões sobre um "possível" futuro, levando em consideração as tecnologias e os comportamentos disruptivos que já são tendências do novo século, isso mesmo, essa “nova” era em que já estamos vivendo.


Sendo assim, resolvi escrever uma série de artigos, trazendo algumas dessas reflexões, a fim de que possamos juntos construir novas possibilidades e, quem sabe, ajudar em algumas dessas transformações.


O Radar se divide em vinte e duas categorias, indo de relacionamentos, passando por tópicos como finanças, meio-ambiente, amor, saúde e marketing. Garanto que será uma viagem interessante e no mínimo, diferente.


Vamos lá?


Vamos falar sobre MOBILIDADE.


Cidades sem carros


Uau! Consigo imaginar uma cidade sem carros, sem emissão de gases poluentes, sem buzinas, sem trânsito, sem atraso. Algumas cidades já enxergam algo assim, ou quase assim: São as cidades “15 minutos” - A “cidade de 15 minutos” é um projeto urbano cujo propósito é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos ao transformar as cidades em locais onde tudo pode ser acessado em, no máximo, 15 minutos, seja a pé, de bicicleta ou de transporte público. Ah, tudo bem, tem o transporte público, mas se tudo funcionasse tão bem, será que nós não conseguiríamos acessar os serviços necessários com 30 minutos de caminhada, metrô, ou mesmo patinete?


Vamos olhar por outro ângulo: Como o governo reagiria sem a contribuição de impostos sobre as rodovias? Sim, vamos pensar no sistema como um agente que não gostaria muito de um espaço urbano sem carros. Menos estradas, menos consumo de gasolina, menos oficinas e até mesmo automóveis. Quantas indústrias automobilísticas seriam afetadas por comportamentos assim?


Quando penso em um horizonte sem automóveis, lembro dos carros elétricos que acabam sendo uma alternativa mais “verde” para os males contra a natureza como o combustível fóssil. Será que eles são uma opção para nossas “Cidades de 15 minutos”?


Sou do tipo “urbana”, que adora uma metrópole e todo o conforto (e desconforto) que a selva de pedra proporciona, mas talvez a cidades sem carros sejam mais possíveis de serem implantadas em cidades pequenas, onde essa cultura seja uma bandeira e a educação sobre esse propósito seja aprendida desde criança. Apesar da minha “metropolicice” (fui longe agora) eu gostaria de ter uma experiência assim: NO CARS!


Recentemente saiu uma matéria no New York Times sobre o tema:

“Eu vi um futuro sem carros, e é incrível - Por que as cidades americanas perdem tanto espaço com carros? ” (Antes fosse só lá!). Nela o autor disse que com a chegada do Coronavírus, a quantidade de carros nas ruas praticamente desapareceu e, copiando suas palavras, ele disse: “Você também podia sentir o cheiro da ausência de carros. De Nova York a Los Angeles e Nova Delhi, a poluição do ar despencou, e a névoa sufocante sobre as cidades mais sujas do mundo se dissipou para revelar um céu azul brilhante. ” (Já digo de antemão que vale a pena ler o artigo. As imagens são sensacionais).


Talvez uma cidade sem carros seja um objetivo desafiador, pois envolve muitos personagens para a concretização, mas não custa refletir sobre isso e pensar que talvez, em um lugar não muito distante, possamos viver um futuro assim.


E você? O que acha disso?




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